28 abril 2012

[Tradu] K-Pop é matéria no O Globo, do Brasil

Nesta quarta-feira, 25 de abril, Claudia Sarmento, correspondente do jornal brasileiro O Globo, publicou uma matéria no site oficial da mídia falando sobre o sucesso crescente do gênero K-Pop. Confira a seguir:

Com refrãos grudentos em inglês, as bandas de K-pop viram fenômeno além da Ásia

Grupos formados apenas por meninos ou meninas conquistam adolescentes pelo mundo

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O Super Junior, uma das sensações do pop coreano, se apresenta no Madison Square Garden, em Nova York




 
TÓQUIO – O estúdio de dança Cielo, em Tóquio, é uma academia como outra qualquer, mas anda impossível conseguir vaga ali. Cerca de 600 alunos se matricularam recentemente por causa de uma aula que ensina uma coreografia específica: eles querem imitar os passos do Girls Generation — grupo formado por nove mocinhas sul-coreanas com rosto de criança e corpo de top model. Suas canções e clipes são uma febre no Japão. O segundo maior mercado de música do planeta, contudo, já não basta para as meninas e outras bandas que seguem a mesma fórmula, todas saídas de Seul. A Ásia inteira ficou pequena para o pop coreano — ou K-pop —, que partiu para a conquista do mundo. A ofensiva, com o amparo crucial das mídias sociais, está dando certo. E não adianta fazer careta.
Girls Generation, Super Junior, Wonder Girls, Se7en, Big Bang, The Boss, Kara, TVXQ, SHINee e Boa estão entre os conjuntos, só de garotos ou garotas, que transformaram o K-pop num fenômeno global. Misturando elementos de disco, hip-hop, techno e rock, eles têm feito adolescentes urrarem em shows cuidadosamente produzidos, de Pequim a São Paulo. Não é exagero falar em uma onda internacional com dimensões de tsunami.
A “Billboard” criou uma parada exclusiva para o gênero, o K-pop Hot 100 chart. No fim de 2011, levados pela maior gravadora de Seul, a SM Entertainment, alguns dos principais ídolos teen coreanos lotaram o templo sagrado da cultura americana, o Madison Square Garden. Em Paris, o primeiro espetáculo de pop coreano na França teve os ingressos esgotados em minutos. Os fãs se mobilizaram via Twitter e exigiram, num flash mob, novas apresentações, reproduzindo os passos das coreografias em frente ao Museu do Louvre.
Uma festa para os olhos
As meninas do Girls Generation lançaram em fevereiro seu primeiro >ita (Erro no corpo da matéria?)
— O K-pop é uma festa para os olhos, fácil para os ouvidos e movido por uma megamáquina publicitária. A alta qualidade dos vídeos, em particular, é fundamental na difusão dessa paixão. O aspecto visual compensa a barreira da língua — diz Susan Kang, criadora do site soompi.com, dedicado ao K-pop.
Moradora de Los Angeles, ela desenhou a página como um fórum de fãs há mais de dez anos. A crescente audiência não coreana chamou a atenção da companhia de tecnologia Enswers, baseada em Seul, que comprou e ampliou o site no ano passado. Susan vê outras explicações para o apelo universal das boy e girl bands coreanas, que têm geralmente entre 6 e 13 integrantes: refrãos em inglês que grudam, coreografias variadas e transformações visuais entre uma canção e outra. Nomes poderosos da indústria da música americana, como o produtor Teddy Riley, foram contratados para dar um toque mais fusion ao som das bandas.
A web desempenha um papel-chave nessa história toda, alimentando a globalização do K-pop em redes como Facebook, Twitter e Tumblr, além do YouTube, que tem um canal dedicado ao estilo. Nos sites soompi.com e allkpop.com, que publicam tanto informações sobre shows quanto fofocas sobre a vida das celebridades made in Korea, as participativas comunidades ficam sabendo, por exemplo, que os garotos do KE:A (ZE:A?) serão os primeiros representantes do K-pop a fazer um show solo no Oriente Médio, em Dubai, neste fim de semana. Ou que tipo de cara a starlet Hyorin, do Sistar’s (SISTAR?), prefere beijar (“Não sou romântica, gosto de agressividade”, ela avisa).
Os astros desse universo não são talentos descobertos por acaso. Os jovens cantores, a maioria adolescentes, podem passar até dois anos sendo treinados em agências de Seul antes de subir ao palco. Na esperança de repetirem a trajetória de um Justin Bieber ou uma Taylor Swift, enfrentam uma preparação digna de academia militar. Não é à toa que, com um visual que combina sensualidade e inocência, parecem saídos dos mangás e animês: suas raízes estão no pop japonês (J-pop). Os coreanos aprenderam com o Japão a fazer música para o público teen, mas embrulharam o produto de forma mais sofisticada.
— O K-pop está sendo moldado para o mercado internacional, enquanto o J-pop é para consumo interno. O mercado doméstico coreano é muito limitado, ao contrário do japonês, e, para crescer, as produtoras passaram a olhar para fora. Além disso, as companhias telefônicas controlam a distribuição digital de música na Coreia do Sul, que já representa a maior parte da indústria musical do país hoje. Elas também estão trabalhando para a explosão do gênero — explica o jornalista Steve McClure, que chefiou por quase duas décadas o escritório da “Billboard” na Ásia e hoje é editor-executivo do McClure Asia News.
O próprio governo sul-coreano dá incentivos para a promoção do K-pop. Tenta enterrar a imagem de um país que já foi conhecido por fabricar produtos baratos e ruins. Marcas como Samsung reformularam esse perfil, mas a música também está ajudando a convencer o mundo — ou pelo menos a parte dele que tem menos de 25 anos — de que a Coreia é cool.
 

Por favor,não retirar sem dar os devidos créditos!
Fonte: O Globo
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